NÃO RESTA NADA


A vida aos poucos deixa-nos, como se não fossemos dela merecedores. Insistimos, permanecemos, com ela constante a tentar reenviar-nos para onde viemos: ao pó. Donde viemos e para onde vamos. Alguns dizem que o pó de que somos feitos é o mesmo pó das estrelas. Até pode ser. Mas convenhamos que é sempre um punhado de nada...

Aos poucos secam as fontes;
Os regatos deixam de cantar,
Perdidos nos vales dos montes.
E os rios meandram até sumir.
Os campos deixam de florir.
Não pode ser doutra maneira.
O sol do orgulho é uma torreira!
Do norte sopra a nortada,
Do pouco, não resta nada!




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Artigo NÃO RESTA NADA publicado por mitro na data de sábado, 24 de dezembro de 2016. És convidado a comentar! Já tem 0 comentário(s) Ou então volta para o início -> NÃO RESTA NADA
 

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