Ah agora sei que não sou.
Em mim mora a hipocrisia;
E eu não sei para onde vou,
Esta escolha, não a queria!
Mas não importa o meu querer!
Todos nos querem por trela,
Desejam mando, nosso obedecer,
E que ainda achemos a vida bela!
Não sei que dizer,
Sinto-me vazio,
Talvez morrer,
Seja prémio!
Que merda me tornei,
Como aqui vim parar?
Ao certo, nem eu o sei ,
Mas sinto-me a sufocar!
Coisas malditas que nos apertam,
Como torquezes nos nós dos dedos,
Que torturas a mais se suportam,
Ignaro resultado dos meus medos!
Oh eu sei, não sou soldado!
Sinto-me de tudo despojado,
Do amor, dos belos ideais,
Tudo é já demais!
Cansei-me, farto de ser,
Desta permanente vida errada!
Já nenhuma vontade de viver,
Só a de ser semente e enterrada!