Eu gostaria de ao nascer do sol, nascer também. O peso dos pecados que me atiram para o sono, pela noite, pudessem jazer para sempre na escuridão. E cada manhã fosse uma promessa plena e nova. Quem sabe? Talvez a existência se tornasse mais suportável, porque haveria sempre um recomeço. Se calhar, nem era preciso... Uma redenção seria suficiente!
Não
sabia que era pássaro;
Até
espreguiçar os braços,
E
senti-los macios.
Dei
uns passos,
No
chão da gaiola;
Passos
vazios...
Cordas
tangendo,
Na
viola!
Sou
eu gemendo.
E
ela veio abrir...
Ficou
ali a olhar,
Para
mim,
A
sorrir!
À
espera de me ver,
Partir,
Voar!
Abri
os braços,
Asas
esticadas!
Do
voo, vi-lhe os traços,
(Nenhum
arrepio me bule.)
Um
esforço, umas penadas!
Lancei-me
em mergulho,
Apanhei
bebedeiras de azul!
E
esta sensação de euforia,
Embriaguez
de alegria,
Tão
bom sentir-me assim!
Mas
era uma ilusão,
Esse
céu todo pra mim!
(Era
talvez hiper-ventilação,
Ar
limpo, sem nenhum pó.)
E
tudo, porque voava só...
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