Já sentiram essa dor doce de não terem perto quem está mais perto, juntinho ao coração? Uma dor que não nos larga, porque não a queremos largar? A dor e a alegria misturadas numa alma só, a que o génio lusitano concentrou numa palavra: saudade!
E há tantas formas de saudade... Esta é do coração.
E há tantas formas de saudade... Esta é do coração.
Há um desassossego na alma branda.
Coisa como o silêncio após a
tempestade.
Este caminho inquieto em que se anda,
Dor doce a que chamam de saudade!
As flores viram-se na tua direcção,
E os regatos murmuram o teu nome.
É um Sol que chamam de paixão,
Fogo ardendo que não se some!
Podem prometer-te a lua,
Tudo o que quiseres ser teu.
Sonho-te na minha cama nua,
Ser anjo, para que fiques no céu!
E se ouvires chorar as pedras do chão,
Olha à tua volta com atenção.
Porque não são as pedras não,
É por ti, a chorar, meu coração!
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