Espuma branca

A vida é volátil como a espuma das ondas que cansada vai lamber o areal. Sopra o vento e vai embora. Mas as ondas, vão e vêm. É cíclico como nascer e morrer. E o que sobra no intervalo, o que realmente faz valer a pena, o que nos salva e nos redime, é o amor... Mas é sempre a doer, sempre! (Se é um amor que não dói, talvez não valha a pena, talvez não seja sequer amor!)


Preciso de uma praia onde deixar pegadas;
Onde abrir os braços como mastros ao vento;
Oferecer a face à chuva e às trovoadas;
Sem um suspiro, nenhum lamento.
Depois ser escolho, jogado na areia;
Uma vida inteira, que apenas parece meia.
E nada importa, mundo novo além,
Que termine o mal todo, reste só o bem!
E se não houver nada que reste,
O sobrar que não moleste.
Olhos inundados de mar!
Na vida a naufragar,
Tende piedade e deixai-me fugir;
Peixe encalhado em qualquer lado.
Desejo intenso de pra ti ir.
Espuma branca que te vem seguir;
A ti aportar, a ti abraçar, a ti amar!

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Artigo Espuma branca publicado por mitro na data de segunda-feira, 8 de dezembro de 2014. És convidado a comentar! Já tem 0 comentário(s) Ou então volta para o início -> Espuma branca
 

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