Chama


Onde andas que alguém precise chamar por ti? Onde te perdeste, que o céu azul tenha de te descobrir? E no entanto às vezes, andamos escondidos dos outros, porque temos medo do que somos. Coisas estranhas que se constroem, como castelos de nuvens que se desfazem no vento. Não sei quem és, mas se às vezes andaste escondido, devemos ter estado no mesmo lugar...

Devo passar por estes lugares desolados,
Velhos recantos que deviam ser apagados.
Lugares de mágoa e desencanto, onde caio.
Asa derrubada de um velho gaio

E já não sei nem lembro se fui,
Ou o que fui em tempos.
Caí, desmoronei e ruí,
Ao sabor dos ventos!

Visto estas vestes,
Tristeza e frustração,
São as minhas pestes,
A velha maldição!

E não aprendo do passado,
Angustia que me traz enredado,
Nas malhas do tempo ido,
E no fim acabo rendido.

Semblante esmorecido,
Não sei bem o que sou.
Talvez esteja adormecido!
Beija-me, chama-me, que eu vou…



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Artigo Chama publicado por mitro na data de domingo, 3 de agosto de 2014. És convidado a comentar! Já tem 0 comentário(s) Ou então volta para o início -> Chama
 

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